Um resumo da carreira de Rony Barrak
Rony Barrak é um versátil percussionista libanês de renome internacional (especialista em Darbouka), compositor, arranjador, pianista e instrutor.
Recebeu seu Darbouka na tenra idade de quatro anos e começou a tocá-lo intuitivamente. Levado pela autoconfiança precoce, ele fez sua primeira apresentação na TV aos sete anos de idade e ganhou uma medalha de ouro em uma competição na televisão (LBCI) para jovens músicos talentosos no Líbano e no Oriente Médio em 1988.
Desde 1999, Rony produziu 4 álbuns de fusão, Aramba – Karizma – Darbouka City – Cycle of Return, uma mistura colorida entre música oriental e ocidental.
Compôs e estreou três peças da Orquestra Sinfônica “Beirut Sensations” “Pheonicia” e “Boulder Sensations” nos EUA, Alemanha, Armênia, bem como outras músicas de orquestra de câmara que foram estreadas no Al Bustan Festival no Líbano, também encomendadas pelo conjunto de miniorquestra em Berlim para orquestrar e executar “Romanian Folk Dances” de Béla Bartók (Bartok além das fronteiras).
Barrak já percorreu o mundo, tocou e gravou com mais de 20 orquestras sinfônicas de classe mundial, como London Symphony Orchestra, Royal Stockholm Philharmonic, Tokyo Philharmonic.
Tocou com mais de 40 artistas internacionais como Sarah Brightman “Harem world tour” Fairuz, Al Di Meola, Arturo Sandoval, Dave Grusin, Hamilton de Holanda…Apresentaram-se em salas de concertos de grande prestígio como, Royal Albert Hall, Barbican Concert Hall, Sydney Opera House, Philharmonie de Paris, Gewandhaus Leipzig, Kölner Philharmonie…
Desde 2005 até 2019, Rony alcançou um sucesso único como o primeiro solista de Darbouka a se envolver com concertos de música de jogos sinfônicos, um dos principais projetos de videogames sinfônicos do mundo, apresentando músicas de fantasias sinfônicas e fantasias finais, entre outros. Em sua vasta discografia, gravou como artista convidado de destaque mais de 55 Álbuns, deixando seu toque diferenciador.
Desde 2005 até o presente, Rony tem sido um artista convidado principal regular no Morgenland, Festival na Alemanha e membro de um grupo Internacional de “Morgenland All Star Band”.
Rony formou um projeto de trio nos EUA “Trio ‘N Five” com Vlad Girshevich e Alex Nekrasov. Como um versátil compositor e pianista, ele esteve envolvido em vários projetos musicais para documentários/Anúncios/Músicas/Poesia/Mapea mento 3D. Barrak deu várias master classes e workshops de percussão em faculdades de música, universidades e escolas na Alemanha, Líbano, Finlândia, Noruega e EUA.
Rony faz aparições regulares em programas de rádio e televisão no Líbano e em todo o Oriente Médio, demonstrando consistentemente um forte relacionamento com o público mundial, pois libertou o Darbouka das correntes de seu contexto tradicional de longa data e explorou todo o seu potencial.
* O contato com o Brasil.
Desde a minha infância sempre tive essa ligação e interesse pelo Brasil, desde que meu tio (irmão da minha mãe) se mudou para o Brasil na década de 60 e morou lá a vida toda e se tornou brasileiro, e tive a sorte de ser a primeira pessoa da família a visitá-lo, em minha primeira viagem ao Rio, ano 2000, quando lá fiz um show com um artista britânico.
Também com muita gratidão, fui convidado duas vezes pelo “Consulado Geral do Líbano” no Rio de Janeiro para participar de dois eventos em 2017 e 2018.
No entanto, decidi ficar mais tempo no Rio para passar um tempo com meu primo e sua família… e explorar mais o verão e a beleza do Rio, incluindo sua cena musical, já que acabei morando lá por 3 meses e meio em 2018.
A experiência com músicos e eventos brasileiros. Sempre tive muito amor, respeito e interesse pela música e ritmos brasileiros, principalmente a bossa nova e o samba e o Brasil estava na minha lista desde a infância.
Em 2017 minha visita foi curta, mas especial, pois fui convidado pelo “Consulado Geral do Líbano” no Rio de Janeiro para participar do “Panorama do cinema Libanês- Encontro musical” e dividir o palco com os incríveis “Monobloco & Pedro Luis” na Casa de Cultura Laura Alvim.
A repercussão que tive após o show foi excelente e assim no ano de 2018, fui novamente convidado pelo “Consulado Geral do Líbano” no Rio de Janeiro para participar do evento “FÓRUM- LÍBANO EM FOCO” no Clube Monte Líbano RJ, para tocar com um conjunto de música clássica brasileira, melodias folclóricas clássicas libanesas de lendários libaneses, orquestradas por mim mesmo, incluindo algumas de minhas próprias composições mais melodias folclóricas brasileiras, parte do intercâmbio de culturas.
Tive muita alegria em conhecer, gravar e tocar com grandes artistas brasileiros, alguns de origem libanesa, como Monoblocco, Pedro Luis, Raimundo Fagner, Hamilton de Holanda, Tunai, Ricardo Feghali (Roupa Nova) Evandro Mesquita (Blitz) e nos apresentamos em locais tops como Circo Voador, Beco Das Garrafas, Blue Note… também tive o prazer de conhecer o diretor da Escola de Samba “Beija Flor”, quando tive a oportunidade de passear pela escola, com muita alegria aprendendo sobre o processo da preparação do Carnaval.
Dois eventos excepcionais que jamais esquecerei e sempre tive o sonho de participar, o réveillon e os fogos de artifício em Copa Cabana e o carnaval principal.
Participar de alguns blocos, com certeza foi uma experiência única! Apenas a sensação de estar no meio de milhares de pessoas, definitivamente foi uma explosão para mim! Nunca pensei em participar de tal evento, vestindo fantasias engraçadas, caminhando com paixão e vendo tanta alegria de todos! Senti-me um verdadeiro carioca! Posso dizer que nunca fui ou fiz nada parecido!
Mas o que foi o ponto alto da minha viagem, foi o convite que recebi da Escola de Samba Beija Flor para assistir o carnaval em seu próprio camarote no 3o dia de carnaval.
Um sonho realizado, assistir ao vivo o Carnaval, foi a explosão da minha vida!. Fiquei impressionado com todo o evento do começo ao fim.
A cena do “Cristo Redentor” eu chamo de “paraíso na terra”. Foram três meses e meio no Rio de Janeiro, uma lembrança que permanecerá comigo para sempre, e deixe-me dizer que foi um dos meus melhores momentos.
Eu tive tanta emoção e alegria que não consegui expressar essa experiência incrível… Uma imagem maravilhosa que jamais esquecerei.
Foi homenageado como personalidade com o troféu Franklin Cascaes de Cultura por sua atuação como gestor cultural. Ele contribuiu, com a sua experiência e generosidade, para a criação da Editora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já que havia sido o responsável pela criação da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tornando-a um dos principais agentes da criação da Associação Brasileira de Editoras Universitárias. E, por curiosidade, o primeiro livro a ser publicado pela Editora da UFRJ, em parceria com a Editora Ao Livro Técnico, foi o dicionário de português-árabe de autoria de Alphonse Nagib Sabbagh. Na ocasião, foi a obra mais vendida da Editora da UFRJ.
*A experiência de tocar com o grande músico Hamilton de Holanda
Tocar com Hamilton de Holanda algumas vezes, também foi marcante para mim! Ele é um jogador notável, único como ser humano também.
Ainda me lembro e sinto o burburinho que tive no palco tocando com ele no Circo Voador… a galera estava delirando com tanta energia por todos os lados, encerrando o evento com a Turma de Samba (cerca de 20 sambistas) incendiando o local com seus sambas grooves incríveis, foi uma verdadeira aventura.
No geral, a experiência que ganhei vivendo nesta cidade mágica, desde música, pessoas, comida, praia, passeios turísticos … não poderia ser comparada a nenhum outro lugar do mundo.
Simplesmente eu realmente adoro a fusão da música brasileira, tanto para aprender como para absorver.
* O intercâmbio de música brasileira e libanesa (através da participação em festivais, workshops e masterclasses)
Na minha opinião, há um casamento muito bom entre os dois estilos, por isso a inspiração desempenha um grande papel na minha carreira musical, principalmente na música brasileira.
Em dois de meus álbuns de música, apresentei algumas músicas inspiradas na música brasileira. No álbum “Darbouka City, uma música se chama “BraziLebanesa” com vocais árabes incluindo instrumentos brasileiros.
No Álbum Aramba, uma música de percussão chamada “Two Worlds” foi gravada em Londres em 1999, com a participação do percussionista brasileiro Bosco D’Oliveira. É uma música de percussão, meio festival, gira em torno de uma conversa entre um groove árabe “Maksum” e o Samba Groove.
Acredito no intercâmbio musical, principalmente entre a música árabe e a brasileira, para que possa conectar as duas culturas e as pessoas. No entanto, aprendi que muitas músicas brasileiras que ouvi, poderiam funcionar muito bem com arranjo árabe e vice-versa.
O Líbano e o Brasil têm muitas semelhanças em seu estilo de vida, um intercâmbio musical e artístico em todos os aspectos pode acontecer através de festivais, workshops e master classes entre os dois países… é mais sobre um movimento governamental e outras associações que têm interesse e conexões entre ambos países, também a mídia poderia desempenhar um papel ativo nesta parte.
* A perspectiva da sua carreira
Desde 1988 até o presente, tenho aparições regulares em programas de televisão e rádio no Líbano e em todo o Oriente Médio, demonstrando
consistentemente um forte relacionamento com o público mundial, levando meu esforço para reunir
tradições musicais ecléticas para o próximo nível. A perspectiva da minha carreira é espalhar minha música e arte de verdade por onde eu for, com energia positiva e honestidade.
E tenho o privilégio de compartilhar esta posição Honorária ao lado dos grandes e notáveis “Gabriel Yared” e “Paulo Coelho” incluindo outras personalidades excepcionais…
Faltava no mundo e à diáspora uma instituição de excelência que pudesse congregar e ser uma porta-voz dos libaneses e descendentes nos países da imigração. E a Academia veio para isso. Muito obrigado ao Cônsul Geral do Líbano no Rio de Janeiro, Dr. Alejandro Bitar, por essa inciativa ímpar.
